A turma do Berçário II tem sido desafiada a ampliar seu repertório artístico e seu percurso gráfico a partir de estratégias encantadoras. Durante o período em que trabalharam a sequência didática "O Galo", as crianças puderam apreciar a obra sem título do artista Aldemir Martins, de 1968/1969. Em seguida, as crianças manipularam diversas penas de aves e divertiram-se bastante com o material explorado. Após manipularem livremente as penas, as utilizaram como pincéis para produzir suas próprias "obras". Nesta faixa etária, tal atividade é importante não pelo resultado da obra produzida, mas pela experiência em manipular materiais diversos em suas produções. Embora o objetivo da sequência não fosse a oralidade, diretamente, as crianças cantaram e dançaram a música do galo, e muitas já arriscavam a chamá-lo. Também ouviram algumas histórias relacionadas ao galo. Para finalizar, um galo garnizé foi trazido para visitar as crianças. Neste momento, foi mágico de observar a reação das crianças diante do animal. Algumas ficaram eufóricas, outras, um tanto amendrontadas. Algumas fizeram imediatamente a relação do galo real com o galo da obra, indo até o painel exposto na parede da sala, como que para mostrar que o galo estava ali.
Com as crianças pequenas cada proposta é uma rica descoberta. O canto da apreciação, permanente dentro da sala do Berçário II, ganhou um novo sentido após esta sequência. Aliás, a obra que será exposta é uma escolha das próprias crianças, dentre um conjunto de obras apresentadas. E como elas escolhem, se ainda não falam convencionalmente? Quando se trabalha com crianças pequenas, há que ser sensível para perceber o que as crianças nos dizem, quando não falam, pelos seus gestos corporais e expressões faciais. E sabemos, elas nos contam muito.
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